terça-feira, 8 de maio de 2012

Meu Primeiro Amor


I’ve got sunshine... On a Cloudy Day...


Parô! Isso aqui é um blog macho! Um blog de respeito! Que, no máximo, vai ter xingamentos generalizados e expulsões virtuais!

Mas precisamos de alguns textos, fotos e fatos para abri-lo em grande estilo. Ou com estilo. Tá, só pra abrir a bagaça! Então, tenho a honra de iniciar, a bagaça, com um post pessoal.

Em Março de 1992 – não consigo precisar o dia, mas o ano eu sei. O mês é quase um chute! – ganhei um Mega Drive. Uau! Rapaz, eu pulei da geração Atari para um Mega! Não tive um Nintendinho 8 bits, nem um Master System (na verdade, só os tive mais tarde).

Meu Mega era importado do Japão. Eu mesmo desbloqueei o bichinho! Era uma tarefa dura, abrir o console com uma chave Philips e tirar a trava mecânica do botão liga-desliga... Uau, né? Naquela época eu vivia, basicamente, de jogos alugados: Street of Rage, Devil Crash, Golden Axé, Castle of Ilusion, Barbie e outros. Comecei a poupar um dinheirinho e comprei meu primeiro jogo: Art Alive! O que? Você não conhece? Nem eu conhecia, era um jogo de desenho, da Sega. Bom, não era beeeem um jogo, mas era o que meu dinheiro conseguia comprar, ou melhor, foi o dinheiro que a Tec Toy Brasil me levou.

Depois de “jogar” Art Alive por 1 mês, sem parar, voltei a viver de jogos alugados e foi em uma das locadoras que eu era sócio que eu vi aquela caixinha diferente, mais larga, de futebol. E o cartucho! Ahhh, o cartucho! Era diferente de tudo que eu havia visto (veja aí embaixo). Isso no fim de 93, início de 94. Eu fiquei com esse jogo durante um mês seguido! Nem precisava alugar mais nada. Até que tomei coragem e propus a troca: meu Art Alive pelo FIFA INTERNATIONAL SOCCER.



Eu já tinha jogado outros jogos de futebol do Mega, desde futebol no estilo Mangá, com superpoderes na hora do chute, até uma das primeiras versões de futebol da SEGA (World Trophy Soccer, alguém lembra? Chute do meio campo, seu atacante, da entrada da área, vai cabecear a bola e encobrir o goleiro! Infalível!), mais tarde Konami e seu International SuperStar Soccer e, depois, Winnig Eleven/PES (é uma outra história!). Mas o FIFA... AH, o FIFA! Era a coisa mais real que tinha aparecido. Com muitas e muitas seleções (quantas e quantas partidas de Brazil x Qatar!). Comemorações no telão! Era impressionante. Tinha falhas? Hum, pensando bem... UM MONTE! Existia o velho esquema “C”, que consistia em um frenético esmagar do botão C do Mega, a partir do meio campo. A maioria das vezes o goleiro aceitava! Ah, e a técnica infalível de empate? Perdendo o jogo? Precisando passar pra próxima fase? Seus problemas acabaram! Fique na frente do goleiro quando esse for repor a bola. Seu jogador vai pular, matar no peito e é só colocar a pelota pra dentro! Isso sem contar a fuga do juiz, no momento de tomar o cartão amarelo! Confesso, cheguei a dar a volta olímpica com o juiz em meu encalço...

Algumas coisas me marcaram muito nesse jogo:
1)      Era ano de Copa do Mundo (94 - Brasil Tetra). Não tinha como não ver aqueles jogadores do FIFA – ainda que com nomes fictícios – e narrar em voz alta o jogo, com todo o esquete canarinho da época!
2)      Protagonizei o melhor futebol da minha vida, ao lado de um grande amigo. O Brasil tocava de calcanhar, fazia gol com o “A” (o botão de lançamento, batendo por cobertura), protagonizava goleadas inesquecíveis! Como diria Milton Neves, ao lembrar a escalação dos times antigos: Ricado Santana; Enrico Moeser, Luis Silva, Marco Pitzos, Julios Barretto, Tomas Gabriel; Manoel Fernando, Tito Mancuso, Peter Mueller; Janco Tianno e Rico Salamar. Era o Brasil de 82/86, no futebol arte!
3)      Meu vizinho! Seu Carlos! Toda vez que me encontrava perguntava se a partida tinha sido muito difícil. Ele me ouvia xingar o juiz e os jogadores! Do meu quarto para o mundo!
4)      Isso só aconteceu em 95, eu já jogava a nova versão do FIFA. Mas na casa do meu tio só tinha a versão antiga. Em um único final de semana consegui duas proezas conquistadas pro poucas pessoas no mundo... Quiçá, das galáxias! Fui campeão do Super Volleyball para Mega Drive, com o Brasil (que não era a seleção mais forte do jogo) e, o principal, meu primeiro Gol Olímpico no FIFA. Peguei a filmadora do meu pai e gravei tudo, com direito a minha própria narração! Deve estar em algum VHS, junto com a gravação dos meus Saltos Ornamentais... No jogo das Olimpíadas de Barcelona’92.



Engraçado, quando lembro 1994, me lembro do FIFA, dos campeonatos, da morte do Senna e da Copa do Mundo. Não sei se aconteceram outras coisas, mas essas me marcaram pro resto da vida...


Fim da Parte 1

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